Traz sefer Yeshaiahu 61:3
לָשׂוּם לַאֲבֵלֵי צִיּוֹן לָתֵת לָהֶם פְּאֵר תַּחַת אֵפֶר שֶׁמֶן שָׂשׂוֹן תַּחַת אֵבֶל מַעֲטֵה תְהִלָּה תַּחַת רוּחַ כֵּהָה וְקֹרָא לָהֶם אֵילֵי הַצֶּדֶק מַטַּע יְהוָה לְהִתְפָּאֵר
A ordenar acerca dos enlutados de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de alegria em vez de luto, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; e serão chamados árvores de justiça, plantações do Senhor para sua glória.
Em parashat Pekudei vemos todas as quantidades de ouro, prata, bonzer, linho, seda e todos os materiais de valor que foram doados de bom coração para a construção do Mishkan. Não podemos engrandecer a Deus porque ele já o é si mesmo, por isso que se acostuma a engrandecer, magnificar e honrar aquilo que o prepresenta ou o lembra como se tivéssemos engrandecendo a Ele mesmo. Quando nos traz a Torá “e fareis roupa sagrada para Aron teu irmão para honra e glória”[1], não é para a honra de Aron em si, mas para a honra de Hashem, sendo Aron apenas parte da casa dedicada a Hashem[2].
Porém, no passuk que trouxemos de Isaías vemos uma inversão. Ao reconstruir Jerusalém e seu Templo o luto e a dor será trocada por alegria e glória. Hashem promete compartir da glória que seria a Ele devotada com todo aquele que chorou, lamentou e esteve de luto por Jerusalém. Os sábios explicaram um passuk em Isaías que diz: “alegrarão a Jerusalém e regozijarão com ela todos os que a amam”[3], dizendo: “todo aquele se se enluta por Jerusalém terá o mérito de vê-la na alegria dela”[4].

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Portanto, enquanto que Jerusalém não está reconstruída nossa alegria nunca é completa e em todos os nossos momentos alegres relembramos que “Hashem chora” por sua casa. Por este motivo há o costume muito popular no povo judeu de não concluir a construção de uma casa e do noivo quebrar um copo baixo da chupá recitando o passuk: “se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha direita da sua destreza. Se me não lembrar de ti, apegue-se-me a língua ao meu paladar; se não preferir Jerusalém à minha maior alegria”[5]. Um constume antigo entre os sábios da guemará e hoje praticamente esquecido é o de colocar cinzas sobre a cabeça do noivo em lugar dos Tefilin. Efer Tahat Peer, cinzas em lugar de glória, assim se chama em referência ao passuk citado a cima. Hoje este costume ainda é mantido entre os yemenitas.
Devemos reconstruir Jerusalém, primeiramente dentro de nós. Edificar suas muralhas e reconstruir a Santa Casa para o estudo e cumprimento da Torá. Somente assim poderemos no futuro colocar sobre nossas cabeças o Peer que nos corresponderá.
[1] Shemot 28:2
[2] Guia dos Perplexos 3:45
[3] Yeshaiahu 66:10
[4] Taanit 30b
[5] Tehilim 137:5,6
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