Sefer Hamitzvot (Livro dos Mandamentos)
Rambam, Maimônides, viveu em um período da história onde se começavam as academias de estudos como instituições populares, muito embora que ainda destinada aos ricos. Com o grande tráfego de mercadores entre índia, Norte de África e Europa se transitou entre estes territórios “o conhecimento”. Escritos e investigações científicas e filosóficas do Oriente passaram a ser conhecidos pelos Ocidente e vice-e-versa.
Neste processo os jovens judeus foram perdendo o interesse pelo estudo das Escrituras Sagradas e pelas leis. Após duras jornadas de trabalho os jovens deveriam escolher entre estudar algo novo e interessante ou voltar a quebrar a cabeça em decifrar a Guemará para entender as leis. Rambam vendo este dilema e que muitos estudiosos começavam também a tomar conclusões equivocadas das leis, decide escrever o Mishne Torá, obra onde expõe de forma clara e de linguagem acessível todos os mandamentos da Torá e dos Sábios.
Porém antes disso Rambam se viu na necessidade de facilitar o conhecimento dos 613 mandamentos bíblicos pois só por meio do conhecimento destes é que o público poderia se aprofundar em seus detalhes. Sendo assim Rambam escreve o Sefer Hamitzvot para que fosse sendo estudado nas comunidades judaicas enquanto seguia na produção do Mishne Torá.
O Sefer Hamitzvot está dividido em quatro partes: 1 – Introdução, 2 – Regras, onde expõe as 14 regras com as quais se define quais são os 613 mandamentos da Torá; 3 – Mandamentos positivos, e 4 – Mandamentos Negativos.